Simpósio debate retina e diabetes
No dia 23 de novembro, especialistas debatem a relação entre o diabete e a retina, que pode causar problemas na visão
A Sociedade Mineira de Oftalmologia (SMO) realiza, no dia 23 de novembro, sábado, de 8h às 13h, no Centro de Convenções e Eventos da Associação Médica de Minas Gerais (Cencon AMMG), o ‘I Simpósio ad SMO – Retina e Diabetes’.
Especialistas debatem a relação entre o diabete e a retina, que pode causar problemas na visão.
Será traçado também um panorama sobre diagnóstico com a apresentação de casos reais.
Além disto, tratamentos da Retinopatia Diabética (RD) - termo genérico que designa todas os problemas de retina causados pelo diabetes.
Sobre a visão e o diabetes
O olho é um dos principais órgãos lesados pelo diabetes, e entre as complicações oculares, a RD é a complicação microvascular mais comum do diabetes.
Ela é considerada, portanto, como a principal causa de cegueira em adultos de 20 a 74 anos de idade.
Quais os tipos
- O não-proliferativo e o proliferativo
- Não-proliferativo é o mais comum. Os capilares (pequenos vasos sanguíneos) na parte de trás do olho incham e formam bolsas.
- Há três estágios - leve, moderado e grave – na medida em que mais vasos sanguíneos ficam bloqueados.
- Proliferativo: Os vasos sanguíneos ficam totalmente obstruídos e não levam mais oxigênio à retina.
- Parte dela pode até morrer e novos vasos começam a crescer para tentar resolver o problema.
- Esses novos vasinhos são frágeis e podem vazar, causando hemorragia vítrea. Os novos capilares podem causar também uma espécie de cicatriz, distorcendo a retina e provocando seu descolamento, ou ainda, glaucoma.
- Em alguns casos, as paredes dos capilares podem perder o controle sobre a passagem de substâncias entre o sangue e a retina e o fluido pode vazar dentro da mácula (é uma área especializada no centro da retina responsável pela visão nítida).
“Isso é o que chamamos de edema macular – a visão embaça e pode ser totalmente perdida”, explica o presidente da SMO, Luiz Carlos Molinari.
“Geralmente, a retinopatia não-proliferativa não exige tratamento específico, mas o edema macular sim. Frequentemente o tratamento permite a recuperação da visão.”
Fatores de Risco
- Controle da glicose no sangue;
- Controle da pressão;
- O tempo de convivência com o diabetes e a influência genética.
- A retinopatia não-proliferativa é muito frequente, principalmente entre as pessoas com diabetes Tipo 1, mas pode afetar aqueles com Tipo 2 também.
Cerca de uma em cada quatro pessoas com diabetes tem o problema em algum momento da vida.
Já a retinopatia proliferativa é pouco comum – afeta cerca de uma em cada 20 pessoas com diabetes.
Quem mantém bom controle da glicemia têm chance muito menor de desenvolver qualquer retinopatia.
“Nem sempre a retinopatia apresenta sintomas. A retina pode estar seriamente danificada antes que o paciente perceba uma alteração na visão. Por isso, é necessário consultar um oftalmologista anualmente ou a cada dois anos, mesmo que esteja se sentindo bem”, conclui o presidente da SMO.
O I Simpósio da SMO é gratuito e as inscrições já estão abertas pelo Sympla: https://www.sympla.com.br/i-simposio-da-smo--retina-e-diabetes__709169
Serviço
I Simpósio da SMO – Retina e Diabetes
Data: 23 de novembro, sábado
Horário: 8h às 13h
Local: Centro de Convenções e Eventos da Associação Médica de Minas Gerais (Av. João Pinheiro, 161, Centro)
Público: médicos e estudantes de medicina
Inscrições abertas: https://www.sympla.com.br/i-simposio-da-smo--retina-e-diabetes__709169