Setembro Amarelo: Suicídio, um problema de saúde pública
A Associação Médica de Minas Gerais (AMMG) apoia a Campanha de Prevenção ao Suicídio e ilumina a sua sede, durante a primeira quinzena de setembro, para marcar as ações e alertar a população sobre um tema tão importante. No dia 1º de setembro, quinta-feira, às 19 horas, na Espaço Otto Cirne, no Centro de Convenções da Associação Médica de Minas Gerais, foi aberto oficialmente o Setembro Amarelo, mês dedicado à prevenção do suicídio no Brasil desde 2014. Diversas atividades foram criadas pela Associação Mineira de Psiquiatria (AMP) para a campanha que lembra o Dia Internacional de Prevenção ao Suicídio, 10 de setembro, entre elas o lançamento do livro “Tratado de Suicidologia”, de autoria do presidente da AMP e ex-presidente da Associação Latinoamericana de Suicidologia, Humberto Correa . Na oportunidade, será aberta também a exposição do premiado artista plástico Carlos Bracher, com algumas de suas emblemáticas telas e no dia 29, dando continuidade à campanha, será exibido e debatido o filme Pureza, do diretor Renato Barbieri, presente no debate, e estrelado pela atriz Dira Paes.
Uma das principais causas de morte em todo o mundo, de acordo com as últimas estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio precisa ser encarado no Brasil como problema de saúde pública. Segundo o relatório “Suicide worldwide in 2019”, divulgado pela OMS em 2021, cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano - sendo essa a segunda principal causa de morte entre pessoas com idade entre 15 e 29 anos, conforme a mesma pesquisa.
Segundo dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde de setembro de 2021, entre 2010 e 2019, ocorreram no Brasil 112.230 mortes por suicídio, um aumento de 43% no número anual de mortes: de 9.454 em 2010, para 13.523 em 2019, em todas as regiões brasileiras. A equivalência nacional de suicídios em 2019 foi de 6,6 por 100 mil habitantes, o que vem assustando os especialistas. Estima-se que esses números possam ter aumentado no período da pandemia provocada pela Covid-19.
Tratato de suicidologia
Compreender um fenômeno tão complexo como o suicídio requer a integração de conhecimentos vindo das mais diversas áreas de atuação. A Suicidiologia é a área interdisciplinar que congrega esforços de psiquiatras, médicos de outras especialidades, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais, economistas, entre outros. Daí a importância dessa abrangente obra que congrega, em 54 capítulos, contribuições de profissionais de diversas áreas do conhecimento. Dividido em três partes, o livro aborda questões conceituais, médicas, epidemiológicas e psicossociais relacionadas ao suicídio.
Lançamento do livro Tratado de Suicidologia
Data e horário: 1ºde setembro – 19 horas
Local: Galeria de Artes do Centro de Convenções da Associação Médica de Minas Gerais
Endereço: Avenida João Pinheiro, 161 – Centro de Belo Horizonte
Exposição de Carlos Bracher
Carlos Bracher é um desenhista, pintor e escultor mineiro natural de Juiz de Fora. Desde criança mostrou talento para as artes plásticas, tendo frequentado a Sociedade de Belas Artes Antônio Parreiras em sua cidade natal, no ano de 1959. Mudando-se para Belo Horizonte com o objetivo de aperfeiçoar seus estudos, foi aluno de Fayga Ostrower na UFMG, tendo também aprendido técnicas de mural e mosaico com Inimá de Paula, na Escola Municipal de Belas Artes. Morou na Europa, onde participou de diversas exposições individuais e coletivas, além de um sem número delas no Brasil.
Voltando, fixou moradia em Ouro Preto, de onde tirou inspiração para inúmeros quadros com pinturas de cores densas e firmes. Capaz de pintar um quadro em poucos minutos, ao longo de mais de setenta anos de arte, Bracher passou por várias fases, do expressionismo ao cubismo. Suas obras são impressionantes, principalmente aquelas que retratam a arquitetura barroca mineira.
Exposição de Carlos Bracher
Data e horário: 1ºde setembro – 19 horas
Local: Espaço Otto Cirne, Centro de Convenções da Associação Médica de Minas Gerais
Endereço: Avenida João Pinheiro, 161 – Centro de Belo Horizonte
O trabalho escravo e suas consequências na saúde mental: Filme Pureza
O filme, baseado em fatos reais, conta a história de Pureza Lopes, mãe de Abel. Morando em uma região do Maranhão, mãe e filho vivem as dificuldades enfrentadas pelas famílias pobres do interior brasileiro, onde o êxodo ainda é uma constante. O filho desaparece ao sair da terra natal para tentar a sorte em outros locais e a mãe sai em busca do rapaz. Depois de uma longa jornada, ela o encontra trabalhando em regime de semiescravidão, situação que ainda persiste nos nossos grotões mesmo após os mais de 130 anos da assinatura da Lei Áurea.
A exposição de trabalhadores rurais e esse tipo de trabalho escravo e degradante é causa de doenças mentais diversas, entre elas a depressão, que pode levar ao suicídio; daí a AMP, neste Setembro Amarelo ao trazer o tema para ser debatido não somente por profissionais da psiquiatria, como também pelo diretor Barbieri, pretende alertar a sociedade para um problema não só de saúde mental, como de saúde social.
Sessão comentada do filme Pureza, com a presença do diretor Renato Barbieri
Data e horário: 27 de setembro – de 19h às 21h30
Local: Centro de Convenções da Associação Médica de Minas Gerais
Endereço: Avenida João Pinheiro, 161 – Centro de Belo Horizonte
Inscrições gratuitas no site: www.ampmg.org.br (vagas limitadas)
Mais informações:
Assessoria de Imprensa AMP:
Fazito Comunicação – 31 99952-6113 (Gláucia)
Vilma Fazito – 31 99975-3503