Miopia: um problema de saúde pública global
Oftalmologistas debatem, no dia 23 de junho, em Belo Horizonte, uma doença que afeta 30% da população
mundial e pode acarretar sérios problemas à visão
Tema: Miopia e sua progressão nas gerações Z e Alfa
Data: 23/06 (sábado)
Horário: 8h as 13h
Local: Hotel Mercure. Av.do Contorno, 7315, Lourdes. Belo Horizonte, MG.
Mais Informações: (31) 98429 0711. Informações para a imprensa: (31) 3247 1630/15
A Sociedade Mineira de Oftalmologia (SMO) realiza no dia 23 de junho, de 8h as 13h, um encontro para discutir: ‘Miopia e sua progressão nas gerações Z e Alfa’. O evento reúne grandes especialistas de Minas, Cuiabá e São Paulo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a miopia já é a terceira maior causa de cegueira no mundo. Em 2050, é possível que metade da população seja míope.
De acordo com o diretor da SMO e da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), Luiz Carlos Molinari Gomes, além da carga associada ao tratamento rotineiro da doença, a alta miopia predispõe o olho a complicações que ameaçam à visão, como maculopatia miópica e o glaucoma na vida adulta. O controle do início e da progressão em uma idade jovem pode reduzir o risco de morbidade associada à alta miopia.
Outro grande problema, segundo oftalmologistas é o uso exagerado de equipamentos eletrônicos portáteis e a pouca atividade ao ar livre, longe destes recursos. Associadas, ambos têm sido apontados como fatores causais para a maior prevalência da doença e também de sua progressão. Segundo estudo do Comitê Gestor da Internet no Brasil, 80% da população do país entre 9 e 17 anos utilizam a rede, sendo que 66% deles navegam por ela diariamente, por mais de duas horas, tempo máximo recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Atualmente, os esforços para reduzir a progressão da miopia na infância estão em ascensão, devido a uma crescente incidência da doença em todo o mundo e suas complicações associadas à visão. “As intervenções visam reduzir a miopia na infância e incluem considerações ambientais, óculos, lentes de contato e agentes farmacológicos. Revisamos a literatura recente com intervenções destinadas a reduzir a progressão em crianças e descobrimos que várias intervenções foram significativas para contê-la”, salienta o oftalmologista.
Molinari ainda explica que a progressão da miopia pode ser retardada com várias estratégias ópticas, ambientais e farmacêuticas, das quais a atropina provou ser a mais eficaz. “A dose alta de atropina (0,5% -1%) - medicamento estimulante do sistema nervoso autônomo parassimpático - é a mais efetiva, mas apresenta desvantagens significativas em relação à repercussão da miopia na descontinuação e efeitos colaterais como fotofobia e dificuldade de trabalho próximo (diminuição da acomodação). Baixas doses do medicamento foram testadas e mostram uma eficácia dose-dependente. No entanto, seu modo de ação nos tecidos oculares, que leva à lentidão do crescimento ocular, ainda não está claro. “
Outro fator apontado pelo especialista é o uso de lentes de contatos gelatinosas bifocais que também mostraram ser eficazes na redução da progressão da miopia, embora a conformidade seja um problema.
‘Miopia e sua progressão nas gerações Z e Alfa’, traz o que há de mais moderno em torno dessa discussão, levantando um problema que pode ser mais grave do que parece ser. O evento conta com o apoio da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG) e o patrocínio do laboratório japonês, Hoya. O cartão de inscrição feito pelo Sympla deve ser apresentado no ato do evento.
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