O dia Mundial de Conscientização do Transtorno do Espectro Autista (TEA) é comemorado no dia dois de abril.
Portanto, a Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil – Capítulo Mineiro (Abenepi – MG) propõe, durante esse mês, uma reflexão sobre o tema.
Também, a AMMG apoia a iniciativa e ilumina sua sede de azul – cor mundial da campanha.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) uma a cada 160 pessoas no mundo é portadora do TEA. No Brasil, os dados mais recentes falam de 27 a cada 10.000.
Diante disso, o diagnóstico, muitas vezes difícil, leva a uma demora nas intervenções e, consequentemente, no tratamento, por exemplo.
De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), portanto, o distúrbio se caracteriza por déficits persistentes na comunicação e na interação social em múltiplos contextos.
Também inclui comportamentos não verbais e em habilidades para desenvolver, manter e compreender relacionamentos.
Além destes déficits, o diagnóstico da doença requer a presença de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades.
O presidente da Abenepi-MG, o neuropediatra infantil Rodrigo Carneiro, acrescenta que o transtorno é de ordem neurológica. Também tem como características dificuldade de interação social.
Carneiro fala que para os pais que recebem o diagnóstico fica a grande dúvida: "meu filho irá levar uma vida normal? Ele conseguirá fazer as atividades do dia a dia? Ele será independente no futuro?”.
Para Carneiro, estas e outras perguntas são muito comuns. Por isso ao se diagnosticar uma pessoa com o TEA, a intervenção precoce e os estímulos para o desenvolvimento da criança portadora devem ser feitos por diversos especialistas.
“É uma força tarefa que envolve neurologistas, psiquiatras, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicopedagogos, dentre outros. Portanto, a terapia comportamental é uma das intervenções com maior comprovação científica”, reforça o médico.