Um ano de pandemia: como cuidar de nossa saúde mental
Com medidas de isolamento social, perdas de vidas e econômicas, especialista fala sobre como tudo isso afeta o emocional
Os efeitos da pandemia da Covid-19 vêm tendo efeito devastadores em todo o mundo. Todos vivem como se em uma repetição de um filme que termina e volta novamente no mesmo ponto. Apesar do isolamento social ser, comprovadamente, uma das maiores armas para conter a transmissão do vírus, surgem com ele efeitos colaterais como distúrbios afetivos ansiosos e depressivos, abuso de substâncias psicoativas, muitas vezes, com um aumento no número de suicídios.
De acordo com o Médico Psiquiatra e Diretor da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), Paulo Roberto Repsold, a grave crise sanitária e econômica que o mundo atravessa, somada ao distanciamento social e todo o estresse advindo com este cenário, podem causar angústia, ansiedade elevada (incluindo crises de pânico), comportamentos obsessivos (como acumulação), paranoia, reações de evitação, sensação de desesperança etc., com consequente ideação e atos suicidas, além do aumento do consumo de álcool e outras drogas.
Em uma pesquisa realizada ano passado pela consultoria Ideia Big Data, com cerca de 1.600 pessoas, em abril, constatou-se que os termos mais falados durante a entrevista foram ‘preocupação’, com 60%; seguido de ‘ansiedade’, com 40% e ‘medo’, com 34%. “Sensações que podem ser momentâneas, mas que, se começam a fazer parte do nosso dia-a-dia, podem ter desdobramentos graves”, explica Repsold.
Para Repsold, algumas dicas simples podem ajudar a driblar um dos momentos mais difíceis em que o mundo vive. Dentre elas, manter a rotina diária, descobrir novos passatempos, desconectar um pouco das mídias sociais, “o volume de informações e as fake news, podem ser muito prejudiciais à saúde mental”, e se estiver em dificuldade sempre procure ajuda profissional.
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