Encontro multidisciplinar debate Sífilis
Encontro, dia 6 de julho (sábado), na sede da AMMG fala do aumento do número de casos no Brasil e em Minas, problema considerado grave na saúde pública
Dados do Ministério da Saúde apontam que os casos de Sífilis no Brasil aumentaram consideravelmente nos últimos anos.
Alarmados com os dados, especialistas reúnem-se na sede da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), no dia seis de julho (sábado), de 8h30 às 12h30, para falar sobre o tema.
A Reunião Multidisciplinar, evento promovido pela entidade, reúne:
Integrantes
Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Minas Gerais (SBD MG) – líder no encontro;
Sociedade Mineira e Infectologia (SMI)
Associação dos Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (Sogimig)
Associação dos Patologistas do Estado de Minas Gerais.
De acordo com o Boletim Epidemiológico de Sífilis, publicado em novembro de 2018, a taxa de detecção da doença adquirida passou de 44,1 por 100 mil habitantes, em 2016, para 58,1/100 mil habitantes, em 2017.
A população mais afetada são mulheres, principalmente, negras entre 20 e 29 anos. Nessa faixa etária, elas representam 26,2% do total de casos notificados, enquanto os homens são 13,6%.
Em Belo Horizonte, de 2016 a 2018, o número de casos cresceu 20,2%, passando de 3840 para 4616.
A alta se deu, principalmente, na transmissão de mãe para filho na gestação ou parto, a chamada sífilis congênita, que aumentou 104,7%, e em gestantes, que aumentou 42,16%.
Transmissão
A sífilis é uma infecção causada pela bactéria Treponema Pallidum.
De acordo com especialistas é possível pegar a infecção em uma relação sexual com pessoa infectada (sífilis adquirida), caso o contato ocorra sem uso adequado de preservativo.
Durante a gestação ou parto, a doença também pode ser transmitida ao feto ou bebê (sífilis congênita).
O primeiro sintoma é uma ferida sem dor na região genital, boca, colo uterino e outras partes sem dor, que muitas vezes passa despercebida.
Durante o Encontro Multidisciplinar sobre Sífilis serão apresentados os ‘Aspectos epidemiológicos’, ‘Diagnóstico clínico', ‘Como conduzir o tratamento’, dentre outros temas.
Para Agnaldo Soares Lima, diretor científico da AMMG, uma das grandes preocupações é o fato de a doença, muitas vezes, passar despercebida e quem foi contaminado, além de não se tratar, transmitir a infecção a outras pessoas.
Prevenção, sintomas e tratamento
Os sintomas variam de acordo com o estágio em que a doença se encontra no organismo do paciente.
Na primeira fase, é caracterizada por uma úlcera, geralmente única, que ocorre no pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus e boca.
Já a secundária surge, em média, entre seis semanas e seis meses após a infecção. Nesse caso, podem ocorrer erupções, principalmente no tronco.
A terciária se manifesta na forma de inflamação. Nesse caso, é comum atingir o sistema nervoso e cardiovascular.
A penicilina é considerada o medicamento eficaz para tratamento da sífilis, em qualquer fase da doença e está disponível à população nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Veja Boletim Epidemiológico: http://www.aids.gov.br/pt-br/tags/publicacoes/boletim-de-sifilis
Sífilis – Epidemiologia, diagnóstico e tratamento
Data: 6 de julho, sábado
Horário: 8h30 às 12h30
Local: Teatro Oromar Moreira (Avenida João Pinheiro, 161, Centro, BH)
Informações e inscrições: https://www.sympla.com.br/reuniao-multidisciplinar-sifilis---epidemiologia-diagnostico-e-tratamento-__549055
Público alvo: médico, estudante de medicina e profissionais da área de saúde