Estimativa do Instituto Nacional do Câncer é de 68.220 novos casos, em 2018.
O tema será debatido no dia 7 de novembro, ao vivo no Facebook
Estimativas do Instituto Nacional do Câncer José de Alencar Silveira (Inca) apontam para 68.220 novos casos de câncer de próstata no Brasil, em 2018. É o segundo que mais mata homens no país. Cerca de seis em cada dez casos são diagnosticados em indivíduos com mais de 65 anos. O tema será debatido no dia 7 de novembro, a partir das 20h, e veiculado ao vivo via Facebook. Sócios da AMMG podem assistir também pela plataforma Workplace.
O encontro reúne especialistas para esclarecer dúvidas sobre as fases da doença, englobando desde o rastreamento ao tratamento em fase avançada. Ao final, os internautas poderão esclarecer suas dúvidas.
De acordo com o urologista Carlos Corradi, que participa do encontro, o câncer de próstata não é passível de prevenção e o que aumenta as chances de cura é o diagnóstico logo na fase inicial. Corradi alerta que o principal problema para o diagnóstico precoce do câncer de próstata é o preconceito quanto ao toque retal e o receio de se descobrir a doença. “O medo é o que mata, pois a doença diagnosticada numa fase precoce e totalmente curável, sem sequelas.”
Uma boa notícia, segundo Corradi, é que houve um progresso enorme na atualidade para o diagnóstico como a ressonância magnética e o PetPSMA (antígeno prostático específico) e no tratamento com novas drogas, radioterapia moderna e a cirurgia robótica. “A evolução das técnicas cirúrgicas e da radioterapia proporcionam melhores resultados, com a menor taxa de complicações. Nos últimos anos foram observados vários avanços em relação a um diagnóstico com mais acurácia, principalmente, com a ressonância magnética.”
Sintomas:
Na fase inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas, já em fase avançada são:
- dor óssea;
- dores ao urinar;
- vontade de urinar com frequência;
- presença de sangue na urina e/ou no sêmen.
Fatores de risco:
- histórico familiar de câncer de próstata: pai, irmão e tio;
- raça: homens negros sofrem maior incidência deste tipo de câncer;
- obesidade.
Exame e diagnóstico
Mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 45 anos com fatores de risco, ou 50 anos sem estes fatores, devem ir ao urologista para conversar sobre o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar alterações da glândula, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos, e sobre o exame de sangue PSA. Cerca de 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados somente pela alteração no toque retal. Outros exames poderão ser solicitados se houver suspeita de câncer de próstata, como as biópsias, que retiram fragmentos da próstata para análise, guiadas pelo ultrassom transretal.
Conscientização
O especialista chama a atenção para o papel dos urologistas, médicos e profissionais envolvidos com a doença, com o papel determinante na conscientização da população quanto à importância do diagnóstico precoce, bem como na identificação daqueles com menor ou maior risco de desenvolver a doença e de portar a forma mais agressiva, para melhor estratificação do rastreamento e tratamento.