Em 13 de setembro é celebrado o Dia Mundial da Sepse. O objetivo é conscientizar profissionais de saúde e população, sobre o reconhecimento precoce e o tratamento adequado na primeira hora, o que têm clara implicação no prognóstico e na sobrevida dos indivíduos. Dia 15, sábado, médicos e profissionais de saúde se reúnem na sede da AMMG para debater o tema em Reunião Multidisciplinar.
Segundo especialistas, o grupo de maior risco para o desenvolvimento da sepse é formado por crianças prematuras e abaixo de um ano e idosos acima de 65 anos; portadores de câncer; pacientes com Aids ou que fazem uso de quimioterapia ou outros medicamentos que afetam as defesas do organismo contra infecções; pessoas com doenças crônicas como insuficiências cardíaca e renal e diabetes; usuários de álcool e drogas; e pacientes hospitalizados que utilizam antibióticos, cateteres e sondas. Mas qualquer pessoa pode ter sepse. Por isso é importante estar informado.
O Instituto Latino Americano de Sepse (Ilas) alerta:
A CARGA DA DOENÇA
A sepse hoje é a principal responsável por óbitos dentro de nossos hospitais. Estima-se cerca de 670 mil no Brasil por ano. Ao contrário do que se pensa, sepse não é um problema só para pacientes já internados em hospitais. Grande parte dos casos são pacientes atendidos nos serviços de urgência e emergência.
VIDAS PERDIDAS
Os dados do Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS) mostram que a letalidade de pacientes em instituições públicas brasileiras é de 44,8%. As razões para essa letalidade elevada são múltiplas. Entre elas:
- condições básicas de saúde da população inadequadas;
- dificuldade de acesso ao sistema de saúde;
- falta de infraestrutura na rede hospitalar, principalmente nos setores de urgência;
- número inadequado e despreparo de profissionais para atendimento;
- desconhecimento entre profissionais de saúde e leigos;
- tratamento inadequado;
- dificuldade de acesso a leitos de terapia intensiva.
O PROBLEMA DO DESCONHECIMENTO ENTRE LEIGOS
O atraso na procura de auxílio é um entrave a ser vencido. Uma pesquisa do ILAS (DATAFOLHA/ 2017) mostrou que somente 14% dos entrevistados já tinham ouvido falar sobre sepse. Campanhas de esclarecimento envolvendo sociedades de profissionais de saúde e meios de comunicação devem ser realizadas para minimizar o problema.
O PROBLEMA DO DESCONHECIMENTO ENTRE PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Reconhecimento precoce é a chave para o tratamento adequado. Todas as instituições devem treinar suas equipes, com foco na enfermagem, para reconhecer os primeiros sinais de gravidade, principalmente nos serviços de urgência. O tratamento adequado nas primeiras horas tem clara implicação no prognóstico. Medidas simples, como coleta de lactato, culturas, antimicrobianos e ressuscitação hemodinâmica podem salvar vidas.
COMO MUDAR?
- Conhecendo melhor a doença e suas consequências por meio de estudos clínicos e epidemiológicos.
- Divulgando entre profissionais de saúde e leigos seu impacto social.
- Promovendo ações políticas visando aumentar a atenção das instâncias governamentais, para a gravidade do problema.
IMPLEMENTAÇÃO DO PROTOCOLO DE SEPSE
O ILAS oferece aos hospitais interessados em implementar o protocolo gerenciado de sepse dois planos distintos de consultoria e assistência. Materiais de apoio também estão disponíveis.
Fonte: Ilas