Ricardo Sobhie Diaz fala em BH sobre ‘A cura da Aids’
Um dos maiores especialistas no mundo, aponta que a cura da Aids está mais perto do que se imagina.
Tema será debatido durante Congresso Mineiro de Infectologia e de Epidemiologia, Antecipando o Dia Mundial de Combate a Aids.
Levantamento
- O Brasil vai na direção oposta da média mundial
- Entre 2010 e 2018, registrou um aumento no número de novas infecções por HIV
- Os dados são do Unaids, a agência da ONU especializada na epidemia.
- O país apresentou um aumento de 21% no número de novos casos em oito anos
- O aumento ainda fez com que a América Latina registrasse, em média, um incremento de 7% nos novos casos de aids na região entre 2010 e 2018.
Para falar desse tema, no dia 29 de novembro, às 18h, o coordenador de uma pesquisa da Unifesp que aponta que a cura da Aids está mais perto do que se imagina, Ricardo Sobhie Diaz, estará em Belo Horizonte.
Ele estará em BH durante o 5º Congresso Mineiro de Infectologia e II Congresso Mineiro de Epidemiologia, Prevenção e Controle e Infecções.
Os Congresso são promovidos pela Sociedade Mineira de Infectologia (SMI e Associação Mineira Epidemiologia e Controle de Infecções (Ameci).
Dia Mundial de Combate à Aids, em 1º de dezembro, e traz uma esperança para muitos pacientes.
Esse é, portanto o primeiro estudo – em escala global – a testar um super tratamento em indivíduos cronicamente infectados.
Diaz é diretor do Laboratório de Retrovirologia do Departamento de Medicina da Escola Paulista de Medicina (EPM/ Unifesp) - Campus São Paulo.
Juntamente com sua equipe, vem trabalhando em duas frentes para a cura da doença.
Uma delas, portanto, utiliza medicamentos e substâncias que matam o vírus no momento da replicação.
Eles ainda eliminam as células em que o HIV fica adormecido.
A outra desenvolve uma vacina que leva o sistema imunológico a reagir e eliminar as células infectadas.
Participaram da pesquisa
- 30 voluntários com carga viral indetectável
- Sob tratamento padrão, conforme o que é atualmente preconizado
- Utilizaram a combinação de três tipos de antirretrovirais, mais conhecida como ‘coquetel’.
- Foram divididos em seis subgrupos, recebendo – cada um deles – diferentes combinações de remédios, além do próprio ‘coquetel’.
- De acordo com o infectologista, no entanto, apesar da descoberta das substâncias (a nicotinamida e a auranofina) para a redução expressiva da carga viral, ainda seria preciso algo estratégico que ajudasse a imunidade do paciente contra o vírus.
Aids no mundo
A Aids é uma doença do sistema imunológico, causada pelo HIV
Torna uma pessoa mais propensa às doenças oportunistas, cujo sistema imunológico esteja saudável
Principais vias de transmissão
Relações sexuais desprotegidas
As transfusões com sangue contaminado
O compartilhamento de seringas entre usuários de drogas injetáveis
A disseminação de mãe para filho, durante a gravidez, parto ou amamentação.
Apesar da evolução no tratamento com antirretrovirais e das campanhas preventivas, os números assustam.
A aids ainda é um grave problema de saúde pública global.
Desde o início da epidemia, em 1980, cerca de 35 milhões de indivíduos perderam a vida por causas relacionadas à aids.
Sobre os congressos
Acontece em Belo Horizonte, nos dias 29 e 30 de novembro, o II Congresso Mineiro de Epidemiologia, Prevenção e Controle de Infecções e o 5º Congresso Mineiro de Infectologia.
A grande novidade será a unificação dos mais importantes congressos nas suas respectivas áreas, proporcionando aos congressistas a oportunidade de compartilhar ideias sobre temas correspondentes as duas áreas de atuação.
Serão debatidos a ‘gestão de riscos assistenciais infecciosos’, ‘infecção de sítio cirúrgico’, ‘hepatites virais’, dentre outros temas.
Será uma grande oportunidade para rever os conhecimentos no contexto da infectologia, epidemiologia, prevenção e controle de infecções e infectologia e traçar novas perspectivas. Mais informações: Mais informações: http://www.infeccaominas2019.com.br/